terça-feira, 27 de novembro de 2007

Destino


Foi-se o tempo das ilusões
Em que nos labirintos das aglomerações humanas
Se escondiam as facetas individuais.

O mundo agora é uma vitrine
Que transparece em nuances impressionantes
Abertas para oferecerem
Aos que querem consumir sem censura e pudor
As suas vontades.

Não é mais um horror!
Cenas bizarras gratuitas
Dão mostras da degradação humana
Que são misturados com o cotidiano.

Lamentável seria não vê-las
Estampadas nos cantos em que passam os olhares
Mas, ninguém se manifesta
Nem se repudia tal presunção.

Toleravelmente nesta conclusão,
Fingem-se alheios aos desvios do mundo
Que dos seus atos tendem ser condenados
E dos omissos que são conhecedores da Palavra
Penderá a eterna humilhação.

sábado, 24 de novembro de 2007

Lembranças de uma Mensagem

Nas profundezas do mar
Ao limite extremo do céu
Vivemos numa faixa pequena da crosta terrestre
Dividida por línguas, crenças e atitudes.

Diante desta imensidão espacial
Restringimos as nossas preocupações
Nas pequenas coisas mais insignificantes
Como se o valor momentâneo material fosse o fundamento.

Que lamento!
Pois a existência é mais que uma música bem tocada,
Que um poema harmonioso,
Que uma frase de efeito
E que uma casa na praia ou campo.

Portanto,
Não podemos comparar a vida com valores
Todos têm a sua importância aqui na terra
Seja preto ou branco, pobre ou rico
Seja como for, a paz, a verdade e o amor ditas por Deus
É o que sempre prevalecerá.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A Rebeldia

Quando se escreve algo
Passa o fundamento das idéias
Às linhas em branco
Para borrar de tinta o formato final.

Tudo se remonta
Se desfaz,
Se recria
E se acrescenta na retomada da harmonia.

A sede das palavras não ditas,
O impulso limitado pelo orgulho
E a mudez da justiça dos homens
Fazem com que a inspiração mais pura morra na fonte.

Dentro desta constante,
A opressão paira sobre as cabeças das pessoas
Como se fosse amarras difíceis de desatar
Que se transforma em padrões de vida degradantes.

Ninguém mais fala da beleza sublime
Que a vida nos proporcional a cada dia que se acorda.
Se fosse possível ver o visível milagre destas sensações
Não haveria murmúrios que corroem a alma.

Ah, se realmente fosse possível,
Não necessitaria do sangue derramado,
Das divisões das nações
Nem dos conflitos inconscientes.

Nós somos incapazes de ver o óbvio
Por sermos revestidos das escamas do vício
Que permeiam as nossas atitudes mesquinhas
A ponto de estarmos longe da comunhão plena com Deus.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A Simbiose

Tu e eu somos uma soma
Uma soma somos
És tu e não somente eu,
Mas nós em um somos.

Neste modo social solitária
Enriquecida pelos sons dos sussurros de prece
Comunicamos.

Pensamentos adversos,
Distintas formas de conduta,
Nada importa se o saciar da sede
Vem com uma palavra
Símbolo da cruz
Com codinome Jesus.

domingo, 18 de novembro de 2007

Qual Seria o Sentido Disto?

Respiro...
Por várias vezes faço isto.
Involuntariamente repito este gesto
Sem perceber a importância deste ato.

Calado,
Faço um desafio
De apenas absorver o oxigênio
Com meu comando.

Que engano!
Não temos controle sobre o nosso sistema vital.
Pois bem, digo que menos sorte terei
Se deixar que a minha vontade animal domine a razão,

Então,
Ficarei seguro se seguir o impulso inspirado por meu Deus
Porque a Sua lei equilibra todas as coisas
Como se fosse o meu respirar.

sábado, 17 de novembro de 2007

A Morte (sua estrutura)

Ouvi dizer que o mundo é complexo de mais
E menor está se tornando
Quando maior for rápida a comunicação.

A interatividade propicia encontros virtuais
Conversas pessoais publicadas artificialmente
Demonstram a banalização da vida.

Tudo isto nos convida
A sermos patéticos,
Estáticos
E paralíticos d’alma.

Mas calma,
Pior seria de nos revestir da presunção
De dominar tudo
Como se tivéssemos o controle remoto do mundo.

Se acaso isso fosse verdade,
A morte não existiria
Nem a constante renovação
Dos passos do passado
Que remontam o início e o fim da obra do Criador.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A Morte (seus aspectos)

Sem nenhum embaraço caminhamos
Como se não houvesse soluções
Contrariam-se as evidências da experiência no afã de achar
Os objetivos em curto espaço de tempo.

O que parece ser o fim,
Na verdade é o começo do recomeço
Que é o nascer apenas.

Por que se importam das coisas que vão ser ditas?
Haverá valores maiores que a paz, o amor e verdade?
Ou cada qual só se preocupa com os seus interesses?

São frios e desproporcionais os caprichos humanos
Que aparecem em sintonia com a crueldade
Na anuência de criar limites a si mesmo.

O significado real da liberdade é de romper
Todo vício e limites impostos pelo meio,
Sendo como a morte que aparece.

Neste extremo de opções
Deus deu a chance de sempre de todos poderem renascer
Ou simplesmente desfalecer completamente.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Morte

Abro os olhos e vejo a luz
O dia sem trevas ilumina a minha vida
E com a noite vem o sono para mais uma manhã.

Comum de mais aos homens,
Mas sublime quando se perde.

Ninguém quer saber como é ela,
Ninguém se preocupa quando é que ela vem.
Apenas passam-se os dias.

E quando mais tempo passa,
Mais perto estamos de encará-la.

Os que têm medo deste destino
Sabem não ser a hora nem o lugar deste encontro,
Porém, somente Deus tem o controle do nosso futuro.