terça-feira, 27 de novembro de 2007

Destino


Foi-se o tempo das ilusões
Em que nos labirintos das aglomerações humanas
Se escondiam as facetas individuais.

O mundo agora é uma vitrine
Que transparece em nuances impressionantes
Abertas para oferecerem
Aos que querem consumir sem censura e pudor
As suas vontades.

Não é mais um horror!
Cenas bizarras gratuitas
Dão mostras da degradação humana
Que são misturados com o cotidiano.

Lamentável seria não vê-las
Estampadas nos cantos em que passam os olhares
Mas, ninguém se manifesta
Nem se repudia tal presunção.

Toleravelmente nesta conclusão,
Fingem-se alheios aos desvios do mundo
Que dos seus atos tendem ser condenados
E dos omissos que são conhecedores da Palavra
Penderá a eterna humilhação.

sábado, 24 de novembro de 2007

Lembranças de uma Mensagem

Nas profundezas do mar
Ao limite extremo do céu
Vivemos numa faixa pequena da crosta terrestre
Dividida por línguas, crenças e atitudes.

Diante desta imensidão espacial
Restringimos as nossas preocupações
Nas pequenas coisas mais insignificantes
Como se o valor momentâneo material fosse o fundamento.

Que lamento!
Pois a existência é mais que uma música bem tocada,
Que um poema harmonioso,
Que uma frase de efeito
E que uma casa na praia ou campo.

Portanto,
Não podemos comparar a vida com valores
Todos têm a sua importância aqui na terra
Seja preto ou branco, pobre ou rico
Seja como for, a paz, a verdade e o amor ditas por Deus
É o que sempre prevalecerá.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

A Rebeldia

Quando se escreve algo
Passa o fundamento das idéias
Às linhas em branco
Para borrar de tinta o formato final.

Tudo se remonta
Se desfaz,
Se recria
E se acrescenta na retomada da harmonia.

A sede das palavras não ditas,
O impulso limitado pelo orgulho
E a mudez da justiça dos homens
Fazem com que a inspiração mais pura morra na fonte.

Dentro desta constante,
A opressão paira sobre as cabeças das pessoas
Como se fosse amarras difíceis de desatar
Que se transforma em padrões de vida degradantes.

Ninguém mais fala da beleza sublime
Que a vida nos proporcional a cada dia que se acorda.
Se fosse possível ver o visível milagre destas sensações
Não haveria murmúrios que corroem a alma.

Ah, se realmente fosse possível,
Não necessitaria do sangue derramado,
Das divisões das nações
Nem dos conflitos inconscientes.

Nós somos incapazes de ver o óbvio
Por sermos revestidos das escamas do vício
Que permeiam as nossas atitudes mesquinhas
A ponto de estarmos longe da comunhão plena com Deus.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A Simbiose

Tu e eu somos uma soma
Uma soma somos
És tu e não somente eu,
Mas nós em um somos.

Neste modo social solitária
Enriquecida pelos sons dos sussurros de prece
Comunicamos.

Pensamentos adversos,
Distintas formas de conduta,
Nada importa se o saciar da sede
Vem com uma palavra
Símbolo da cruz
Com codinome Jesus.

domingo, 18 de novembro de 2007

Qual Seria o Sentido Disto?

Respiro...
Por várias vezes faço isto.
Involuntariamente repito este gesto
Sem perceber a importância deste ato.

Calado,
Faço um desafio
De apenas absorver o oxigênio
Com meu comando.

Que engano!
Não temos controle sobre o nosso sistema vital.
Pois bem, digo que menos sorte terei
Se deixar que a minha vontade animal domine a razão,

Então,
Ficarei seguro se seguir o impulso inspirado por meu Deus
Porque a Sua lei equilibra todas as coisas
Como se fosse o meu respirar.

sábado, 17 de novembro de 2007

A Morte (sua estrutura)

Ouvi dizer que o mundo é complexo de mais
E menor está se tornando
Quando maior for rápida a comunicação.

A interatividade propicia encontros virtuais
Conversas pessoais publicadas artificialmente
Demonstram a banalização da vida.

Tudo isto nos convida
A sermos patéticos,
Estáticos
E paralíticos d’alma.

Mas calma,
Pior seria de nos revestir da presunção
De dominar tudo
Como se tivéssemos o controle remoto do mundo.

Se acaso isso fosse verdade,
A morte não existiria
Nem a constante renovação
Dos passos do passado
Que remontam o início e o fim da obra do Criador.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A Morte (seus aspectos)

Sem nenhum embaraço caminhamos
Como se não houvesse soluções
Contrariam-se as evidências da experiência no afã de achar
Os objetivos em curto espaço de tempo.

O que parece ser o fim,
Na verdade é o começo do recomeço
Que é o nascer apenas.

Por que se importam das coisas que vão ser ditas?
Haverá valores maiores que a paz, o amor e verdade?
Ou cada qual só se preocupa com os seus interesses?

São frios e desproporcionais os caprichos humanos
Que aparecem em sintonia com a crueldade
Na anuência de criar limites a si mesmo.

O significado real da liberdade é de romper
Todo vício e limites impostos pelo meio,
Sendo como a morte que aparece.

Neste extremo de opções
Deus deu a chance de sempre de todos poderem renascer
Ou simplesmente desfalecer completamente.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

A Morte

Abro os olhos e vejo a luz
O dia sem trevas ilumina a minha vida
E com a noite vem o sono para mais uma manhã.

Comum de mais aos homens,
Mas sublime quando se perde.

Ninguém quer saber como é ela,
Ninguém se preocupa quando é que ela vem.
Apenas passam-se os dias.

E quando mais tempo passa,
Mais perto estamos de encará-la.

Os que têm medo deste destino
Sabem não ser a hora nem o lugar deste encontro,
Porém, somente Deus tem o controle do nosso futuro.

domingo, 15 de julho de 2007

Raikai 2

A temperança não é uma virtude!
É um estado de espírito!
O Espírito Santo não é uma qualidade,
Mas sim, a etapa final plena da vida do ser que acredita na verdade!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Raikai 1

Não há por onde fugir
A verdade é clara e objetiva
A vida só começa realmente existir
Quando se percebe a necessidade de estar em harmonia com Deus.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Mutação

Esperar , esperar e esperar,
Será que nunca chegaremos aquele lugar tão desejado?
Somos educados a crer no futuro
Como um sonho que jamais podemos alcançar.

E nesta expectativa
Passamos despercebidamente
A ignorar a nossa própria vida
Que se transforma
Numa mutação constante.

A realidade é o aqui e agora
E todo ato está no fato
De vivenciarmos
Não do passado nem do que viremos a ter,
Mas sim, acreditarmos no presente
Que surge constantemente
Perante todos nós pela graça de Deus.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Retorno

As mudanças, pequenas ou grandes,
São partes deste circulo
Da metamorfose pessoal,
Dos pensamentos
E das atitudes.

Que metamorfose!
Desde o crescimento
À maturidade
Na constância desta mutação.

E o poder do homem de mudar as coisas ao seu bel prazer
Transforma e dilacera a natureza,
Deveria ser o contrário,
O homem se moldar a ela na busca da sua primitiva pureza.

Ai, que tristeza!
Neste contraste poucos remam contra esta certeza,
Que pena!
Parece que o valor da vida se tornou pequena
Numa distância e lugar aonde o amor não chega.

Visão do mundo sombria,
Quem diria,
Há um resquício de esperança
Neste vai e vem
Quando de coração alguns elevam as suas mãos aos Céus
E exclamam “amém”.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

O Começo

Nesta minha existência
Percebi que passamos
A maior parte do tempo
Imaginando
O que poderia ter sido melhor.

Esta é a ansiedade que nos aprisiona
Em um mundo de ilusões
Para distanciar da realidade
Que as vezes é hostil.

Neste momento não quero ser gentil
Pois como posso dizer certas verdades
E ao mesmo instante não provocar ninguém?
Tudo o que aconteceu não pode nunca
Voltar.

O equilíbrio se encontra
Não nos desencontros do passado,
Mas da força de encarar as dificuldades
Apoiados na fé de estar seguro
Pelas Mãos Daquele que controla tudo.

Não é nada obscuro,
Apenas devemos compreender
O ritmo natural das coisas
E da nossa limitação
Entender que o dia que surge
É o ponto de um novo começo.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Detalhes

Ventos sopram
Viajo com eles
E lá de cima um avião
Passa sobre mim,

Vejo satélites artificiais rasgando o céu
Deixando no ar um rastro de nuvens,
Sinto os carros distanciarem de mim
Com aquele som metálico
Que aos ouvidos se transformam em música.

E lá vem uma carroça puxada por um animal apenas
De tão lerdo é a sua velocidade
Que o tempo não passa.

Seja furacão, tufão ou tempestades,
Nada mais singelo
Do que a minha vida perante Deus
Na qual tudo passa detalhadamente.

sábado, 21 de abril de 2007

Perdão

Do perdão nasce o amor
Do amor, uma flor
Do seu fruto germina as sementes
Que são regadas por outros perdoados.

Tudo sobre a luz e perfume de Deus.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Foco

Foco em fotos que lembram fatos,
Atas escritas descrevem atos,
Tudo consumado e registrado
Na memória e nos documentos.

Mesmo assim, esquecemos as lições do passado
E não impedimos que os erros sejam cometidos,
Que os crimes sejam praticados
E que o amor não seja esquecido.

Cristo não é apenas um nome,
Jesus não é só uma personagem da história
E Deus não vive distante.

Nós somos alheios as circunstâncias,
Indiferentes aos problemas,
Covardes nas atitudes
E fugimos constantemente da presença de Deus.

Portanto, os equívocos são meros sintomas
Da nossa ignorância e ao repúdio no convencimento das nossas falhas.
Seria tão mais fácil e verdadeiro
Se disséssemos de coração:
- Perdão!

terça-feira, 10 de abril de 2007

Rocha

Estou como suspenso no ar
Pairo sobre as nuvens
Levado pelo vento,
Suspenso,
Nada penso!

Recrio num instante como um gelo seco
Sem pingo, sem emoção
Vagos pensamentos que dirão:
- Que importa a minha liberdade se só com Teu Espírito me sinto livre!

Firme fico na minha caminhada,
Nas minhas meditações
E nos meus suspiros de alívio
Porque diante de Ti sou pleno.

Oh, Deus! Tu és supremo
E em teus ombros me apoio
Na certeza de estar seguro
Nas mãos do meu Criador.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Ventura

As árvores crescem, dão flores e frutos;
Os mares e os animais dão alimentos;
Para não dizerem que são matérias primas
Dos nossos vestes e sustentos.

Não há um fim em si,
As plantas dependem do solo,
A terra precisa da água
E ao homem que polui diz ser independente.

Pobre somos de vivermos culpando os outros
Daquilo que nós não fazemos,
Dos desperdícios ocultados
E das mortes não impedidas.

Estou em uma cadeira de rodas,
Mas nem por isso culpo algo ou alguém.
Ao invés disto, agradeço por ter consciência
De poder participar desta vida dada por Deus.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Proporcionalidade

A percepção humana se limita
Ao mundo em que se envolve,
Ao relacionamento de poucas pessoas
E aos seus interesses individuais.

Para alguns o inseto é minúsculo,
As feras domesticáveis,
A natureza é somente uma fonte de alimentação
E a existência de Deus uma incógnita.

Desta afirmação se conclui para uma verdade:
Não é o homem o centro do universo
Nem a sua vontade a válvula propulsora do mundo;
O ser humano é como um grão de areia na praia,
Ou uma partícula atômica na composição de uma gota d’água.

Insignificante é o indivíduo
Quando pensa ser dono de suas ações,
Mas, ao contrário, maior será este quando compartilhar com Deus
Toda uma vida inteira.

sexta-feira, 30 de março de 2007

A Realidade IV

As dores do corpo
Propiciam compostos dispostos
No nervo sensorial
Capazes de provocar a ausência do equilíbrio.

Será possível centralizar em uma única parte
Uma gama fisiológica de conhecimento
A proporcionar ao homem
O saber do mundo externo?

Também não pode ser o reverso!
Pois, cada pensamentos e versos
São criados individualmente
Cantados e personificados pelos trovadores.

A influência dos narradores
Levam a inspiração a outras paragens,
Distanciando a Palavra do seu Criador
Aos seus.

Longe da terra e do céu,
O ser convive com os anjos e os demônios
Em uma batalha silenciosa
Circundada pela consciência humana.

Cabe então uma única observação,
O ser pensante está sempre na dúvida
Que se multiplica com a filosofia,
Porém, só a mensagem de Jesus é singular
Por simplesmente defender o amor
Como solução para o mundo.

quinta-feira, 22 de março de 2007

A Realidade III

Palavras, palavras, nada mais que palavras
São sons emitidos conduzidos pelo ar
Tornam a respiração audível;
Palavras, palavras, nada mais que palavras.

Onde está a atitude nelas?
Cadê os políticos ideológicos,
Os advogados apaixonados na defesa das causas
E os religiosos que confessam o amor de Deus?

Só promessas evasivas pronunciadas
Diante dos ouvintes perplexos
Com a palidez da realidade;
Palavras, palavras, nada mais que palavras.

Muitos podem ser enganados por estas palavras,
Mas ai daqueles que são ditos tais termos,
Pois a Deus ninguém pode ludibriar;
Estes podem até ganhar o mundo,
Porém, nunca passarão da morte.

quarta-feira, 21 de março de 2007

formas

Labirintos de dúvidas pairam
Sobre os perdidos e sobre os indecisos
Teimosos em não aceitar os erros
E recusando-se os seus próprios defeitos.

Não há nenhum padrão nem conceito
Que defina esta teia de aranha moral
Presa aos anseios fúteis.

As críticas podem ser úteis
Desde que hajam um fim de abrir os olhos,
Mas comumente não passam de opiniões
Sem produzir nenhum efeito.

Mais uma vez
A esperança se fez
Brotar nestas estrofes.

Reflexões mal acabadas
atingem o senso comum
para dar um novo ponto de partida
Ao descontentamento das horas.

Ora, tudo é um recomeço
Que se propaga ao infinito
E somente a morte pode interromper este caminho.

Seja como for, seja quanto e quando for,
Vale mais um resquício de esperança
Do que a pobreza d’alma.

Portanto, não há como contestar
A necessidade em desconsiderar a morte e confiar na vida,
Não reter a descrença, mas deter a fé,
E não deixar que o ódio dos homens domine,
Mas sim, que o amor e paixão transmitida por Cristo o complete.

terça-feira, 20 de março de 2007

Percepção

No infinito mar azul
Há uma linha no horizonte
Em que o céu e a terra se unem,
Porém, nesta nossa realidade
Não temos de fato esta harmonia.

É impossível imaginarmos
Que com simples passo possamos chegar nas nuvens,
Porque com muito custo ficamos de pé;
Tropeçamos muitas vezes,
Caímos outras tantas e nos machucamos demasiadamente.

Tudo isto cria-se na nossa mente
Pensamentos áridos
Obcecados em andar em um deserto de esperança.

Pena que o mal nos aflige a nossa alma
E não presenciamos o bem de cada dia
Que começa quando acordamos nas manhãs,
Quando ouvimos a nossa melodia
E quando a presença dos anjos transformados em amigos verdadeiros
São constantemente enviados por Deus.

sexta-feira, 16 de março de 2007

O Meu Encontro Com Deus

Nos dias em que estou faminto por mais saber
Menos pressa tenho do tempo,
Menos angustia deparo na minh’alma
Menos me incomodo com o silêncio.

A ânsia incontrolável de compreender o que me envolve
É forte suficiente para aniquilar qualquer força opressora,
Seja ela psíquica, física ou espiritual,
Porque o importante é o equilíbrio de nos controlar.

Não tenho controle remoto
Nem se quer um senso robótico
Para imprimir rótulos aos olhares alheios.

Pois o que tenho para compartilhar
Poucos querem assimilar, mesmo assim,
Esta é a mensagem que fica
Fixada em um mural aberto
Que muitos passam despercebidos,
Cujo toque revela o meu encontro com Deus.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Equilíbrio

Avisos que nos orientam,
Conselhos que nos acautelam
E sugestões que nos fazem mudar de rumo,
Mas quase sempre desrespeitamos o prumo.

Estamos suspensos em um pequeno fio
Invisível aos olhos,
Ligeiramente perceptível no coração
Àqueles que ouvem a razão.

De certa forma, não podemos separar os sentimentos
E praticarmos apenas pelo raciocínio as tomadas das decisões,
Afinal, o que valeria a sensibilidade da arte sem a sua reflexão?

O valor das coisas não se dá somente por dinheiro
Ou de modo prático e inanimado,
Ao contrário, é um equilíbrio natural
De profusão de interesses e de intenções.

O meu propósito nesta pequena amostra lírica
É de compartilhar uma vida,
Uma emoção, um sentido e um caminho
Apetecido de inspirar outros tantos a captarem
A constante presença de Deus.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Conceito

Somos levados pelas emoções,
Levados pelas circunstâncias e
Levados, simplesmente levados.

O que nos impõe a tudo isso?
Por que somos aprisionados a certas condutas?
Os “ais” dos lamentos sempre vão sobrepor a razão de sermos autênticos?

Me nego a ser coberto por uma carapaça
De orgulho e presunção do estigma
Em que tudo é um enigma.

Estas conclusões preconcebidas
Retidas por estudos de fontes aleatórios,
Notórios por achar uma verdade casual
Que nada valem de concreto.

Seja como for, não importa o que vão pensar.
O início do caminho está na concepção
Da minha escolha de abrir o meu coração
Para o amor incondicional escoado pelo sangue de Jesus.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Compreensão

Na passagem desta vida
Se conclui não ser por acaso
A existência de diversas experiências.

O fim é claro e prático,
As tomadas das decisões não vem de outro
A não ser da própria pessoa.

Sim, as circunstâncias influenciam em algo,
Mas estas só valem quando se voltam a um interesse.
Logo, quase tudo se impõe por causa da avareza de coração
Em que o ego se situa no centro das atenções.

Ah, se o inverso fosse na mesma proporção,
A justiça prevaleceria,
A igualdade entre as classes sociais teria
E a destruição da ordem natural das coisas não haveria.

Esta longa experiência da história
Só uma lição traz
De que Jesus responde a tudo isso,
Entretanto, todos são surdos, cegos e mudos.

terça-feira, 6 de março de 2007

Roda

Roda, roda e mais roda;
O meu mundo é uma roda!
Ando numa cadeira de rodas
E lá fora só obstáculos.

Logo de cara vejo desprezo,
Insensibilidade e preconceito
Das pessoas que deveriam se preocupar com seu semelhante
No intuito de preservar a dignidade humana.

Eles restringiram a minha liberdade física,
Mesmo assim, sinto-me livre para pensar e expressar
Os meus pensamentos que não tem fim
Apesar das vicissitudes cotidianas.

Logo, a felicidade momentânea eterniza
Quando passa a encarar as barreiras
Não como um limite insuperável,
Mas sim, como um trampolim deixado por Deus
Para sobrepor todas as dificuldades
Até atingir a vitória final.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Unidade

O dígito “zero” por si mesmo
É simplesmente um ponto de referência,
Se porém for composto por outros símbolos matemáticos
Ele se torna um marco de valor.
Entretanto, em qualquer circunstância
O “zero” tem a sua importância.

De modo analógico,
A cada indivíduo se assemelha nesse aspecto,
Pois, sozinho quase nada tem significado,
Todavia, junto com os demais
Elevado mérito traz.

Aqui está a real maravilha de Deus:
Assim como o “zero” é exclusivo dentro do sistema algébrico
Semelhantemente o ser individual humano
É único em toda face da Terra.

E mais estará perto de Deus
Se entender o verdadeiro sentido
De amar o próximo
Com o mesmo peso e medida
Em que Ele ama.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Silêncio

O vento sopra silenciosamente
Entra pelas janelas e portas entreabertas
E no calor do verão
Refresca o ser de modo distorcido, porém, desejado.

Na quietude do espaço
Em que o som não se propaga pelo vácuo
O brilho incandescente das estrelas
Aquece e ilumina os corpos.

Assim também é a existência de Deus
Que gerou a luz e o ar
De tão natural são estas duas fontes
Que desapercebido se torna a referência Divina.

A miséria espiritual irracionaliza o homem
A ponto de destruir tudo
Para obter a satisfação do egoísmo,
Cujo resultado é a morte.

O senso crítico misturado ao livre arbítrio
Criam dois pólos opostos e distintos:
De um lado, a eterna dizimação;
D’outro, a esperança, a fé e o amor infinito,
Sendo que cada um faz a sua escolha.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

"Opus"

Impossível contar quantas vezes se respira na vida,
Quantos quilômetros os indivíduos se deslocam,
Quantas vezes os olhos piscam
E quantas estrofes musicais existem no som da natureza.

Os elementos numéricos dão a razão exata aos valores,
Correspondendo o grau de importância a tudo;
Desde o grão de trigo à quantidade de pessoas na Terra.

Logo, nada foge da matemática
E do nível de importância dos seus símbolos,
Porém, a cada um escolhe a sua gramática
Que com Deus criam-se síngrafos.

Todavia, só ao homem é relevante
Tais definições para classificar
O tempo, o espaço, a matéria e suas relações com o mundo.

- Absurdo!
Porque Deus só se preocupa em estar presente
Em todos os momentos,
Como a quantidade de vezes que:
- Pode se respirar na vida;
- Pode, quando vivo, por quilômetro se deslocar cada indivíduo;
- Podem, na vividez, os olhos piscar;
- E, dos sons da natureza, quantas estrofes musicais podem existir.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

A Trilogia do Medo

Medo
(Início da Trilogia)

Aflito e desanimado,
Calado e constrito,
Parece que há cercas de arame farpado
E sinto ao meu redor um imenso buraco tenebroso.

Dias passam em que tudo é nebuloso,
Confuso e frio
Sem nenhum brio.

São momentos angustiantes passageiros
Que só tomam força através das minhas próprias limitações,
Se deixar me levar por eles, mais sombrios se tornam os mensageiros,
E se, ao contrário, confiar nAquele que me fortalece,
Pode passar o sol e a lua, tempestades e tormentas,
Mesmo assim, nada poderá me abalar.

Eu, como todo ser humano, tenho receio,
Fico triste, me emociono e tenho medo,
Não é porque tenho uma necessidade especial
Que eu devo agir diferente dos demais.

Não quero ser como muitos que
Constroem uma fortaleza espiritual
Para depois se desmoronarem com a primeira onda forte.

Quero continuar sendo o que sou:
Um homem com muitos defeitos,
Mas capacitado a sempre aprender
E estar consciente de abrir mão do orgulho
Para abraçar a realidade da vida mostrada por Deus.



Medo II
(A Saga Continua)

Vergonhoso é se vestir seguindo os vultos
Envoltos em brancos veludos venenosos.
Vorazes para bramir com vozes altissonantes
Na espreita de vunzar os segredos mais escondidos.

Posto ao público no brado afamado
A saga continua
Em que poucos ouvem o saber
E estes se calam por vergonha e medo
Das críticas destrutivas que nada valem.

A coragem de dizer o amém
Se dá por uma única inspiração
De enfrentar as vicissitudes
Seguro de ter o Espírito de mansidão.

Anseio e insegurança
Só impedem o ânimo
De transpor o muro das lamentações
Que de tristeza se compõe.

E de vigor dentro d’alma cálida
Surge a pujança transcendental
Que molda a vida fática
Movida por este Deus universal.



Medo III
(Trilogia Final)

Vôo no asfalto a sentir o ar batendo no meu rosto
Zunidos de conversas indecifráveis passam em segundos
Atinjo a velocidade do som para me distanciar do perigo
E chegar mais rápido ao desconhecido.

O ronco do motor me faz esquecer
Que quando jovem vivia dependente dos pais,
Agarrado ao amigo fantasma
E nas brincadeiras de criança.

Agora sou adulto e independente,
Mais velho e cético sobre os fantasmas,
Mas ainda ando como criança
Que procura uma segurança.

E na desaceleração do caminho que traço
Lembro dos campos e cidades onde passei
Para ter a convicção
Que sem a mão forte de Deus
Eu certamente ficaria no meio desta estrada,
Sendo as Palavras divinas o mapa para me conduzir à infinita jornada.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Fundamento

O bebê engatinha curioso de saber o espaço que o envolve,
Quando adulto quer ser dono do mundo
E ao ser idoso vem a lembrança daquilo que poderia ter sido.

Gerações passam e surgem
Neste vai e vem constante
Todos na procura do verdadeiro caminho,
Esperando achar no horizonte.

Contudo, na busca da fonte
Se ignora as lições escritas
Que são as mais puras inspirações da história.

Logo, não se pode retirar da memória
Tudo que na Bíblia foi descrita
Na qual se afirmam todos os fundamentos.

Melhor exemplo disto está no céu estrelado:
A luz emitida pelos corpos celestes
Nada mais são do que o brilho presenciado
Vindo do passado que dar a cor todo especial na escuridão da noite.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Cisão

Em algumas ocasiões
Há um irresistível impulso
De querer modificar as posições
Das pessoas como se fosse um intruso.

Transformando o mundo confuso,
Impor pela força traz desentendimento e discórdia
Que desta semente brota o ódio
Para camuflar as barreiras do preconceito.

Fugir deste conceito
E não provocar vindita
Com reações brandas e sinceras
É o modo capaz de motivar a consciência.

Sem esta essência,
Nunca se chegará a compreensão do amor
Que na verdade é o fruto
Originado pelo sentimento maior
Que se aproxima do conhecimento com Deus.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

Ligação

Matar alguém,
Seja qual for o motivo,
A morte por si só
É estimável em maior ou menor grau.

A valorização das coisas
Depende do ponto de vista,
Do interesse maior
Comparado a algo de mesma proporção.

Assim também é a vida,
Não importa qual o seu estado,
Esta é ilimitadamente digna de apreço.

Então, a morte e a vida contrabalançam
Em pólos opostos,
Cujo equilíbrio não se qualifica por um preço.

Pois, se assim fosse,
Nada teria importância,
Do seu nascimento ao suspiro final,
Haveria apenas um vazio
E as palavras escritas aqui
Não transmitiriam qualquer tipo de sensação.

Seja bom ou mau,
Forte ou fraco, rico ou pobre,
O que vale na essência
É a certeza da existência
Deste livre arbítrio
Para seguir ou não
O Espírito de Deus em comunhão.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Reflexão VI

Nada consta da memória
Lembranças vagas
Que impeçam saber de onde surge o ser.

Cientificamente é a junção de dois gametas
Traçados para unir em uma meta
E diante da qual se preserva a continuidade da espécie humana.

Seguindo este frio raciocínio,
Nada mais somos
Do que partículas atômicas ligadas
Na dependência de núcleos celulares
Em constante mutação.

Desta colocação
Se conclui que matematicamente
A existência de seres vivos na terra
Teria uma probabilidade de surgir entre um
Dividido pela quantidade de distância da dimensão do universo.

E o mais surpreendente:
Desperdiça-se a maioria do tempo da vida
Desprezando o valor deste sublime presente
De ser cada indivíduo cooperador de Deus desta constante maravilha.

quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Indiferença

No dia há pessoas sofrendo por algo,
Mas também há aquelas felizes e de bem com a vida;
As que odeiam
E há as que amam.

Deveras são posições distintas
Conglomeradas nas realidades
Sopesadas neste mundo hostil.

Cada qual está alheio as diferenças,
Ignorando as conseqüências desta apatia
Para desconhecer a mão estendida.

O orgulho mata a alma humana
Petrificada pelo egoísmo individual
Que transformar os sentimentos primitivos
Em sentidos abstratos aberrantes.

Agora as sensibilidades estão presas
As amarras do ego
Que endurece o coração e deixa o homem cego
Para impedir de ver e presenciar o Divino amor de Deus.

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Ponto de Vista

Os pés na areia
Pisam em qualquer área
Ansiosos para sentir a maré
Que entoam um cântico refrescante.

No outro instante
Os pés no asfalto
Correndo desesperadamente
No encalço de mais um dia dentre outros.

Nesta rotina de tantas histórias,
Surge sempre uma canção que marcam lembranças
Como o cheiro da pipoca a do cinema,
Como o algodão-doce a do circo.

São estímulos envolvendo sensações
Que despercebidamente se arquivam na mente
E por eles somos levados ao imaginário.

Mas, a presença de Deus ao contrário
Não fica só nas memórias do passado
Porque Ele cada dia demonstra a sua presença
Quando se principia o acordar da manhã.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Elo

Estímulos visuais, auditivos e sensitivos
São do corpo!
A paz, o amor e a felicidade
São do espírito!
As primeiras sensações são inerentes a natureza humana
E as últimas a serem alcançadas.

O perfeito equilíbrio vem da vontade
Em estabelecer uma harmonia
Capaz de conduzir a um estado de coisas
Em que tudo tem um significado.

Seja pequeno ou não
Este é uma fração
Que se modela na cadeia
De sustentação.

Ao invés de ignorar o valor desta relação,
O conhecimento pode chegar mais perto
De Quem detém o saber pleno
Para se convencer que nada vale o egoísmo.

Uma força visada apenas em si
Se dissipa com um sopro,
Mas, se forem várias com a mesma fé,
Tudo se reconstrói.

Logo, a dependência é geral
Na qual o seu poder cresce
A partir do instante
Que passamos a perceber
A nossa importância do vínculo com Deus.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

Inquieto

Estou a procura de uma palavra,
A procura da prece verdadeira
E da perfeita harmonia.

Quero deixar um carinho,
Um gesto de amor
E uma lembrança.

Vejo um único caminho
Traçada de inúmeros labirintos ao redor
Que só serão dissipados com atos de mudança.

Não consigo definir nada de concreto
Na boca um verbo discreto
Sem nenhuma aspiração maior.

Frases soltas no ar
Não indicam o rumo a tomar,
Porém, incentivam muitos a pensar
Como é doce o sabor da esperança ao paladar.

Em fim, me satisfaço com este poema incompleto
Em que não há o indício correto
Dentro da lei ou decreto
Que fora deles, só na Bíblia me manifesto
Em Deus de Espírito repleto.

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

Um Minuto Apenas

Tomo tempo, o tempo me toma
Tão pouco e não muito
Miúdos segundos passam num instante,
Mas por que estou parado?

Nada mais é
Do que um minuto
Com meditações e orações de fé
Que acabam discretamente guardadas no coração.

Separo momentos para atender aos que me procuram
Passo horas diante de uma tela
E outros tantos sem fazer nada
Sem contar as madrugadas vazias.

Vendo o esplendor da aurora,
Ouvindo o som da natureza
E tocando todas as formas de vida
Vergonhoso é
De não prestar a devida atenção,
Se quer por um minuto,
A reverência ao Criador de todas estas coisas.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

Coragem

Passando pelas ruas e esquinas
Vemos vultos sem cara e emoção
A perambularem ao nosso redor
Sem se quer notarmos
que eles também nos vêem como sombras.

Particularmente por eu ter necessidades especiais
Atraio alguns olhares alheios
Que me cercam de curiosidade
No qual percebo uma indagação sutil.

É uma existência varonil
Encruecido pela exclusão social
E, ao invés de repudiar os outros,
Tomo a compartilhar com os meus iguais
O exemplo de dedicação e fé.

A tragédia individual maior
É desistir e ser vencido pelo medo
De ver a ilusão ser engolido pela realidade,
Pois a crueldade cega o homem desde cedo.

Estamos todos em uma guerra,
Somente um fim existe
E na batalha cotidiana
O mastro desta bandeira carrega a paz.

Em que a vitória não é derrotar um inimigo externo,
Mas sim, fuzilar a sua carapaça interna
Construída pelo orgulho, ódio e vaidade.

Assim se resume a estratégia da vida
Cheia de armadilhas e barreiras,
Entretanto, o remédio é seguir em frente
E tomar coragem de assumir o risco
De beber da fonte de Cristo.

terça-feira, 16 de janeiro de 2007

Consciência

Diz o tempo ao seu tempo
Que insensatez em medir tudo,
Da pressa na chegada da hora crucial
A demora do dia que passa lento.

A maioria esquece do alento
De viver a vida no exato instante,
Também não pode ser ignorado o contentamento
De se sentir o ser mais importante.

Como é fácil reclamar das coisas,
Como é cômodo esquecer delas,
Como é desumano menosprezar o semelhante
E destes gestos nada se aproveita.

Apenas, torna-se mesquinho o mundo
Mais sujo que os detritos orgânicos expelidos
Que massacram populações inteiras.

Deus deu ao homem o poder sobre tudo
Para controlar e organizar um sistema,
Porém, este mesmo poder nunca foi utilizado
No escopo de impedir a sua própria perdição.

O descontrole da poluição,
O aquecimento do clima
E o degelo dos blocos polares
São as conseqüências da corrida econômica desenfreada.

A fome e a miséria estão por aí
E ninguém faz nada para mudar isso,
Ainda há àqueles que culpam Deus
Por esta desordem,
Sem ter a devida consciência
Que o segredo da solução para os males
É a paz, o amor e a verdade defendida até a morte por Jesus.

sábado, 13 de janeiro de 2007

Simples

Em certas ocasiões
Parece não existir mais ninguém
A não ser um único pensamento
De que falta um pedaço em nós.

Coisas materiais ou emocionais
Tem um condão de temporariamente
Cobrir esta lacuna
Que insiste em continuar no coração.

Na verdade, é mais do que um sentimento,
É a transfiguração corporificada da necessidade
De alcançar o motivo essencial da existência.

Se toda a razão centralizasse no homem,
Seria vão o equilíbrio natural das espécies,
O único poder do ser humano sobre as demais
É o raciocínio tendente ao mal.

Bem quisera que todo ser racional
Entendesse o seu sentido real
Da sua permanência na Terra
E propagasse a harmonia ditada por Deus.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

"Animus"

Parado ficamos
Quando não há nada para se fazer,
Inerte nos tornamos
Quando o tempo esvai.

A intenção precede o ato,
É a válvula propulsora dos fatos.
Há em tudo um interesse
Que gera conflito
Nos relacionamentos em atrito.

Distinto diante desta realidade
Está o propósito de Deus
Que a nós é dado o livre convencimento
Para praticar ou não o amor em Cristo.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Aparência

É comum a maioria pensar
Ser as pessoas com necessidades especiais
Inferiores física e mentalmente
E colocam na mente
A obrigação de separá-las do circo social.

Outras se satisfazem em dizer que são diferentes
Por ter amigos com defeitos,
Intentando serem melhores no aspecto pessoal.

E mesmo na visão destes seres
Carregam o peso da indiferença do mundo
Das reais precisões
Às falsas paixões.

A adequação de tudo está no equilíbrio das coisas,
Da harmonia entre os homens,
Do amor a si próprio e aos seus semelhantes
E da sua mansidão e comunhão com Deus.

De fato, o que estraga não está lá fora,
Mas cá dentro, preso e trancafiado
Que é somente liberado
Quando há uma reação em cadeia
Do extinto selvagem de sobrevivência.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Desordem

Dias de sol e calor no ar
Nuvens a rodear
Com sombras escuras de chuva
A precipitar as gotículas de acidez.

Os carros correndo pelo asfalto
Emitem o monóxido
Sobre o povo que luta
Contra o consumo de grau altivez.

Pessoas por migalhas são corrompidas
E pela má-fé se faz falso testemunho
Para poder ganhar uma satisfação momentânea,
Ou um instante de fama.

O degelo nas montanhas do Alaska à Antártida
Demonstra o frio aspecto do desastre
Provocado pela destruição do equilíbrio natural.

Esta é a condição real
Em que o homem a si se degrada
E gradativamente se definha
Os últimos resquícios da relação com Deus.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

Ordem

Estou formado por uma Faculdade
A desempenhar meu ofício,
Estruturado por minha faculdade
Cativo todos com o meu princípio.

Mas há uma ordem maior
Do que a dos homens
A me envolver
Na minha arte de viver.

Em tons desconcertantes
Me oriento sobre as verdades das coisas,
Mesmo sendo um sacrifício se enquadrar no lado oposto,
Encaro o desafio sem as mãos trêmulas de praticar ar arte do Direito.

E com muito respeito
A justiça prevalece,
Diante das derrotas,
Pois aos homens não se detém o sublime julgamento.

Só Deus retém o fundamento
Do meu completo ser
Que subsiste nesta complexa teia
De relações legislativas
Em defesas das práticas objetivas.

Nem se compara a natureza
Que da aranha produz a ordem dos seus fios
E da rainha-mãe a organização das abelhas.

Entretanto, tudo que é legal ao homem
Correto não será para Deus,
Todavia, todo o amor, a verdade e a fé
Vindo do Senhor nunca conterá na lei
Porque é a essência do existir.