sexta-feira, 30 de março de 2007

A Realidade IV

As dores do corpo
Propiciam compostos dispostos
No nervo sensorial
Capazes de provocar a ausência do equilíbrio.

Será possível centralizar em uma única parte
Uma gama fisiológica de conhecimento
A proporcionar ao homem
O saber do mundo externo?

Também não pode ser o reverso!
Pois, cada pensamentos e versos
São criados individualmente
Cantados e personificados pelos trovadores.

A influência dos narradores
Levam a inspiração a outras paragens,
Distanciando a Palavra do seu Criador
Aos seus.

Longe da terra e do céu,
O ser convive com os anjos e os demônios
Em uma batalha silenciosa
Circundada pela consciência humana.

Cabe então uma única observação,
O ser pensante está sempre na dúvida
Que se multiplica com a filosofia,
Porém, só a mensagem de Jesus é singular
Por simplesmente defender o amor
Como solução para o mundo.

quinta-feira, 22 de março de 2007

A Realidade III

Palavras, palavras, nada mais que palavras
São sons emitidos conduzidos pelo ar
Tornam a respiração audível;
Palavras, palavras, nada mais que palavras.

Onde está a atitude nelas?
Cadê os políticos ideológicos,
Os advogados apaixonados na defesa das causas
E os religiosos que confessam o amor de Deus?

Só promessas evasivas pronunciadas
Diante dos ouvintes perplexos
Com a palidez da realidade;
Palavras, palavras, nada mais que palavras.

Muitos podem ser enganados por estas palavras,
Mas ai daqueles que são ditos tais termos,
Pois a Deus ninguém pode ludibriar;
Estes podem até ganhar o mundo,
Porém, nunca passarão da morte.

quarta-feira, 21 de março de 2007

formas

Labirintos de dúvidas pairam
Sobre os perdidos e sobre os indecisos
Teimosos em não aceitar os erros
E recusando-se os seus próprios defeitos.

Não há nenhum padrão nem conceito
Que defina esta teia de aranha moral
Presa aos anseios fúteis.

As críticas podem ser úteis
Desde que hajam um fim de abrir os olhos,
Mas comumente não passam de opiniões
Sem produzir nenhum efeito.

Mais uma vez
A esperança se fez
Brotar nestas estrofes.

Reflexões mal acabadas
atingem o senso comum
para dar um novo ponto de partida
Ao descontentamento das horas.

Ora, tudo é um recomeço
Que se propaga ao infinito
E somente a morte pode interromper este caminho.

Seja como for, seja quanto e quando for,
Vale mais um resquício de esperança
Do que a pobreza d’alma.

Portanto, não há como contestar
A necessidade em desconsiderar a morte e confiar na vida,
Não reter a descrença, mas deter a fé,
E não deixar que o ódio dos homens domine,
Mas sim, que o amor e paixão transmitida por Cristo o complete.

terça-feira, 20 de março de 2007

Percepção

No infinito mar azul
Há uma linha no horizonte
Em que o céu e a terra se unem,
Porém, nesta nossa realidade
Não temos de fato esta harmonia.

É impossível imaginarmos
Que com simples passo possamos chegar nas nuvens,
Porque com muito custo ficamos de pé;
Tropeçamos muitas vezes,
Caímos outras tantas e nos machucamos demasiadamente.

Tudo isto cria-se na nossa mente
Pensamentos áridos
Obcecados em andar em um deserto de esperança.

Pena que o mal nos aflige a nossa alma
E não presenciamos o bem de cada dia
Que começa quando acordamos nas manhãs,
Quando ouvimos a nossa melodia
E quando a presença dos anjos transformados em amigos verdadeiros
São constantemente enviados por Deus.

sexta-feira, 16 de março de 2007

O Meu Encontro Com Deus

Nos dias em que estou faminto por mais saber
Menos pressa tenho do tempo,
Menos angustia deparo na minh’alma
Menos me incomodo com o silêncio.

A ânsia incontrolável de compreender o que me envolve
É forte suficiente para aniquilar qualquer força opressora,
Seja ela psíquica, física ou espiritual,
Porque o importante é o equilíbrio de nos controlar.

Não tenho controle remoto
Nem se quer um senso robótico
Para imprimir rótulos aos olhares alheios.

Pois o que tenho para compartilhar
Poucos querem assimilar, mesmo assim,
Esta é a mensagem que fica
Fixada em um mural aberto
Que muitos passam despercebidos,
Cujo toque revela o meu encontro com Deus.

quinta-feira, 15 de março de 2007

Equilíbrio

Avisos que nos orientam,
Conselhos que nos acautelam
E sugestões que nos fazem mudar de rumo,
Mas quase sempre desrespeitamos o prumo.

Estamos suspensos em um pequeno fio
Invisível aos olhos,
Ligeiramente perceptível no coração
Àqueles que ouvem a razão.

De certa forma, não podemos separar os sentimentos
E praticarmos apenas pelo raciocínio as tomadas das decisões,
Afinal, o que valeria a sensibilidade da arte sem a sua reflexão?

O valor das coisas não se dá somente por dinheiro
Ou de modo prático e inanimado,
Ao contrário, é um equilíbrio natural
De profusão de interesses e de intenções.

O meu propósito nesta pequena amostra lírica
É de compartilhar uma vida,
Uma emoção, um sentido e um caminho
Apetecido de inspirar outros tantos a captarem
A constante presença de Deus.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Conceito

Somos levados pelas emoções,
Levados pelas circunstâncias e
Levados, simplesmente levados.

O que nos impõe a tudo isso?
Por que somos aprisionados a certas condutas?
Os “ais” dos lamentos sempre vão sobrepor a razão de sermos autênticos?

Me nego a ser coberto por uma carapaça
De orgulho e presunção do estigma
Em que tudo é um enigma.

Estas conclusões preconcebidas
Retidas por estudos de fontes aleatórios,
Notórios por achar uma verdade casual
Que nada valem de concreto.

Seja como for, não importa o que vão pensar.
O início do caminho está na concepção
Da minha escolha de abrir o meu coração
Para o amor incondicional escoado pelo sangue de Jesus.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Compreensão

Na passagem desta vida
Se conclui não ser por acaso
A existência de diversas experiências.

O fim é claro e prático,
As tomadas das decisões não vem de outro
A não ser da própria pessoa.

Sim, as circunstâncias influenciam em algo,
Mas estas só valem quando se voltam a um interesse.
Logo, quase tudo se impõe por causa da avareza de coração
Em que o ego se situa no centro das atenções.

Ah, se o inverso fosse na mesma proporção,
A justiça prevaleceria,
A igualdade entre as classes sociais teria
E a destruição da ordem natural das coisas não haveria.

Esta longa experiência da história
Só uma lição traz
De que Jesus responde a tudo isso,
Entretanto, todos são surdos, cegos e mudos.

terça-feira, 6 de março de 2007

Roda

Roda, roda e mais roda;
O meu mundo é uma roda!
Ando numa cadeira de rodas
E lá fora só obstáculos.

Logo de cara vejo desprezo,
Insensibilidade e preconceito
Das pessoas que deveriam se preocupar com seu semelhante
No intuito de preservar a dignidade humana.

Eles restringiram a minha liberdade física,
Mesmo assim, sinto-me livre para pensar e expressar
Os meus pensamentos que não tem fim
Apesar das vicissitudes cotidianas.

Logo, a felicidade momentânea eterniza
Quando passa a encarar as barreiras
Não como um limite insuperável,
Mas sim, como um trampolim deixado por Deus
Para sobrepor todas as dificuldades
Até atingir a vitória final.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Unidade

O dígito “zero” por si mesmo
É simplesmente um ponto de referência,
Se porém for composto por outros símbolos matemáticos
Ele se torna um marco de valor.
Entretanto, em qualquer circunstância
O “zero” tem a sua importância.

De modo analógico,
A cada indivíduo se assemelha nesse aspecto,
Pois, sozinho quase nada tem significado,
Todavia, junto com os demais
Elevado mérito traz.

Aqui está a real maravilha de Deus:
Assim como o “zero” é exclusivo dentro do sistema algébrico
Semelhantemente o ser individual humano
É único em toda face da Terra.

E mais estará perto de Deus
Se entender o verdadeiro sentido
De amar o próximo
Com o mesmo peso e medida
Em que Ele ama.

quinta-feira, 1 de março de 2007

Silêncio

O vento sopra silenciosamente
Entra pelas janelas e portas entreabertas
E no calor do verão
Refresca o ser de modo distorcido, porém, desejado.

Na quietude do espaço
Em que o som não se propaga pelo vácuo
O brilho incandescente das estrelas
Aquece e ilumina os corpos.

Assim também é a existência de Deus
Que gerou a luz e o ar
De tão natural são estas duas fontes
Que desapercebido se torna a referência Divina.

A miséria espiritual irracionaliza o homem
A ponto de destruir tudo
Para obter a satisfação do egoísmo,
Cujo resultado é a morte.

O senso crítico misturado ao livre arbítrio
Criam dois pólos opostos e distintos:
De um lado, a eterna dizimação;
D’outro, a esperança, a fé e o amor infinito,
Sendo que cada um faz a sua escolha.