quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Desprezo

Desprezo, desprezo e mais desprezo,
Será possível quebrar o gelo
Deste sentimento
Entre os homens de pouco apreço?

Muitos dizem não sentirem
As dores emocionais
Como feridos que rodeiam
O aroma do sangue despejado.

Vale de memórias dispersas
Em uma construção de quebra-cabeças
Na qual a história nega qualquer envolvimento
Com o passado, passado-passado.

No contínuo espaço-tempo
Não há como se separar
A cronologia humana,
Sendo o fim apenas o ápice
Do homem bebido em cálice.

Poucos são os que não se embriagam
E não proporcionam intensas chagas
Tão bem predestinados
Que são pelo mundo ignorados.

Mal-tratados e humilhados
Nada é sublime maior
Do que pelo amor do nome,
Nome de honra, Glória, Poder e Majestade
Serem pelo mundo desprezados, desprezados e desprezados.

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