quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

Mesmo Assim

Cobra-se atitude perante as autoridades,
Exige-se empenho dos serviços públicos,
Indigna-se com as injustiças sócias
E condena os seus semelhantes apenas pelo estereótipo.

Em contrapartida, no outro lado da moeda:

O Governa cobra dos cidadãos as obrigações legais,
Os serviços públicos exigem dos contribuintes pilhas e pilhas de atestados,
A justiça se dignifica a si mesma pela sua complexa teia processual
E todos condenam todos.

Um povo, uma nação, um idioma
Em um território geográfico
Cheio de peculiaridades regionais
Se une pela pátria de todos os credos.

Sou uma minoria neste meio
Que é protegida na teoria,
Contudo, na prática sofro o desleixo
Dos que negam a filantropia.

E este é a nossa sociedade:
Criticada, odiada e menosprezada;
Porém, não há no canto da terra melhor
Do que este,
Pois, reflete ainda o significado pleno da convivência
Entre os desiguais.

E luto nestas tarefas banais
Para mostrar o poder existente
No amor, na paz e na verdade
Que continuam arduamente
A serem defendidas como há milênios antes
Quando somente um Homem aceitou a condenação,
Sem pestanejar, a sua morte na cruz
No escopo de apresentar estas palavras de salvação.

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