sábado, 11 de novembro de 2006

Coração

Pulsa manso os meus batimentos
Sinto tudo, mas nada vejo
Os pequenos instantes de lembranças vagas
Estão concretas, porém, opacas
Nos meus neurônios Alentejo.

Nos meus olhares perdidos
Procuro ver algo mais do real
Em busca da planície ideal
Para os meus ínfimos descansos merecidos.

Obter e alcançar o meu objetivo
É como carregar pelos ombros
Um fardo pesadíssimo
Insuportável de aturar.

Voltarei ao passado
De antigas recordações
Sem ser ferido pelo ânimo abatido
Das memórias em atraso.
Mas não sou aqueles que desistem.
Permanecerei confiante no meu caminho
Posso fechar de novo os olhos
Não trancarei, porém, a porta que estou abrindo
Para os meus amigos destas letras.

Pois não tenho mais vergonha de mim
O que possuo não está em qualquer um
Adquirida sem esforço.
Tenho, sim, o Ser
Que me transforma e modifica
Diante de muitos se testifica
E que cá dentro mora
Este Espírito de avivamento.

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