sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Milagre II

A obscuridade das idéias,
Idéias imaginativas,
Criando condutas pictóricas
Que deliram nas convicções humanas.

Dizem por aí que não há milagres,
Nada, a não ser o vão
Que assopra nos pulmões
E se esvai nas palavras pronunciadas em vão.

Para todos tudo é tão comum
Natural de mais para ter a mão de Deus
Diante do universo em expansão
E do grão de areia amontoadas no chão.

Os átomos aglutinados
Formam além do mundo
Contudo,
Dos objetos inanimados
Aos seres vivos
Há uma diferença de milhares de ano-luz.

Os seres incubados nos corpos
São mais do que sistemas de células neurais
Que se distinguem um dos outros
Como as digitais.

Então, a pergunta permanece:
- Será que tudo isso já não é um milagre?

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