sábado, 11 de novembro de 2006

A Realidade - Lamparina - Não

A Realidade

Nas circunstâncias atuais do mundo
Vivemos para presenciar
O corpo físico,
Reparando apenas o que aparenta ser.

Cada qual em um emaranhado jogo
De sentimentos difusos
Que não chegam a destino algum.

Contudo, a vontade de Deus é um:
A esperança de morar em cada coração
Para derramar sobre nós
O Seu Espírito de conhecimento.

Só Deus tem o poder de nos conhecer
De modo tal
Que a distância e o tempo
São meros coadjuvantes.

Se do amor nascesse a amizade
Não haveria espaço
Para tantos descompassos,
Pois, já não precisaríamos da armadura física.

Logo, a realidade humana é desigual
Em que a lei do mais forte prevalece
Que ao tempo de Deus isto esmaece
Para dar poder ao pobre
Na pujança da divina vitória.


Lamparina

As luzes iluminam o espaço,
Promovem nas visões um ofuscar
Sorrateiro de sentidos.

Mas todo esse brilho se apaga
Em um piscar de olhos
Na constante vai e vem
Mutante.

Palavras soltas no ar se perdem nas lembranças
Das solidões passadas.

Somente a resplandecência Criadora
Permanece inalterada,
Posto que,
Aquece a chama
Que impulsiona a alma.


Não

Me recuso a crer na crueldade
Desprezo a maldade
Para entrar na comunidade
A encher de bondade.

Sou sozinho fraco
Humilde e acabado,
Mas juntos com outros
Extirpo viciosos hábitos.

Longe de construir um novo mundo
Fico solitário na minha modesta pretensão
De tocar o coração
Do leitor mudo
Com a Palavra de Deus.

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